O dia 10 de novembro foi instituído como o Dia Nacional da Surdez. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2015, apontam que no Brasil existe um total de 28 milhões de pessoas com surdez. Isso representa 14% da população brasileira. A OMS aponta que 10% da população mundial têm alguma perda auditiva e boa parte dessas pessoas teve a audição danificada por exposição excessiva a sons.
Ricardo Bento, professor titular de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina (FMUSP), afirma que o número de pessoas com surdez no Brasil tende a aumentar por diversos fatores. Um deles é o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. O Brasil possui mais cidadãos idosos do que em décadas passadas, e como entre 60 e 65 anos o indivíduo começa a ter perdas significativas de audição, intensificada com o passar dos anos, é natural que a porcentagem de brasileiros que sofrem com a perda de audição seja maior em relação aos anos anteriores[1]
[1] Leia mais em: <https://jornal.usp.br/atualidades/quase-30-milhoes-de-brasileiros-sofrem-de-surdez/ >. Acesso em Novembro/2019
A audição é muito importante para nos comunicarmos bem. Nos idosos, ocorre a presbiacusia que é a diminuição da audição relacionada ao envelhecimento devido a alterações degenerativas.
Essa diminuição da audição dificulta o processo de comunicação, podendo trazer isolamento (evita conversar, ir à festas e reuniões, assistir TV etc) e alguns riscos de morte (não ouve buzinas ou automóveis, telefone etc).
Portanto, devemos observar:
- Se há queixa de ouvir, mas não entender;
- Incômodo com sons intensos;
- Aumento freqüente do volume de TV e/ou rádio;
- Necessidade de repetir várias vezes a mesma informação;
- Isolamento, evitando participar de festas ou reuniões familiares, por exemplo.
O que fazer?
- Avaliação com médico Otorrinolaringologista, que, se necessário encaminhará o indivíduo para avaliação e acompanhamento fonoaudiológico;
- Quando estiver conversando com o idoso, sempre olhá-lo de frente;
- Repetir a informação de forma pausada e bem articulada (movimentando bem a boca ao falar);
- Evitar ruídos enquanto fala (TV e rádio ligados, por exemplo).
Devemos também estar atentos a alguns fatores que podem interferir na produção de fala:
- Temos de ter certeza de que o idoso compreendeu o que falamos;
- Procurar movimentar bem a boca no momento em que está falando, garantindo assim uma boa articulação da fala;
- Devemos evitar o pigarro que irrita as cordas vocais, piorando a qualidade da voz;
- Beber bastante água;
- Evitar mudanças bruscas de temperatura e uso de pastilhas, sprays, gargarejos e chás para irritação na garganta;
- Nos casos em que houver rouquidão persistente por mais de 15 dias, procurar pelo médico Otorrinolaringologista;
- Uso de cigarro e bebidas alcoólicas também prejudicam a qualidade da voz.
*Texto elaborado pela Fonoaudióloga Daniela Horikawa para o Manual dos Cuidadores – CRINorte.
Leia mais: <https://pt.calameo.com/read/001242420df6a39d53cb3?authid=6kwHNI2nvfio> Acesso em: Novembro/2019.