Osteoporose

Dica do Angels!
O dia 20 de outubro é conhecido mundialmente como “Dia Mundial e Nacional da Osteoporose”. Nos anos 2000, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu que de 2000 a 2010 é a Década do Osso e da Articulação. Nesse período, foi realizada uma série de atividades como forma de lembrar e orientar sobre a importância de se prevenir a osteoporose, e acreditem não é só tomar leite!
Osteoporose, a doença silenciosa*.
À medida que envelhecemos, ocorre uma perda natural e gradativa da massa óssea tanto nos homens como nas mulheres. Quando essa perda alcança um nível tão importante a ponto de desorganizar a estrutura dos ossos, aumentando a sua fragilidade e o risco de fraturas, temos então a osteoporose, que significa “ossos porosos”. O processo que leva a esse estado crítico de degeneração óssea é complexo e foge ao escopo desse texto.
Apesar da íntima relação com a terceira idade, é durante a infância e juventude que alcançamos nosso pico de massa óssea. Para isso, é fundamental garantir a ingestão adequada de cálcio, vitamina D e praticar exercícios mesmo quando somos jovens. Constituir ossos de qualidade permite-nos garantir a obtenção de uma boa reserva inicial que poderá postergar a doença em questão. Porém, essa reserva vai se esgotando lentamente ao longo dos anos …

Atividade física
Centro-dia Angels4u

Mesmo que tenhamos um pico de massa óssea razoável, diversos outros fatores associam-se a um aumento do risco da osteoporose primária: tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, história familiar, imobilidade, baixo peso, origem asiática, menopausa precoce, menarca tardia e menstruação irregular são os principais. Algumas formas de osteoporose por outro lado, são chamadas de secundárias e dependem diretamente de doenças crônicas ou do uso de determinados medicamentos, especialmente corticóides.
Cabe ao médico traçar estratégias visando prevenir, diagnosticar e tratar esse mal que já provoca fraturas em 60% das mulheres e 30% dos homens com mais de 60 anos. Em geral o que ocorre é que somente após complicações, como dores decorrentes de fraturas é que as pessoas passam a se preocupar. A osteoporose é conhecida como uma doença silenciosa, pois não provoca sintomas. Diferentemente do que muitos pensam cansaço, desconforto, dores articulares e musculares não podem ser atribuídas diretamente à doença e radiografias não são um bom exame diagnóstico.
O método de escolha para confirmar a doença é a densitometria óssea. Além de outros exames complementares que podem ser solicitados a critério médico. O profissional que lida com osteoporose pode também eventualmente lançar mão de um questionário padronizado internacionalmente que funciona como uma ferramenta capaz de estimar o risco futuro de fraturas.
Vale salientar que o papel da reposição de cálcio e vitamina D é muito importante, mas de forma alguma substitui o tratamento da doença. O arsenal terapêutico disponível para quem tem osteoporose é vasto e inclui drogas orais ou injetáveis, com variados esquemas posológicos. Não espere o silêncio mascarar essa condição tão prevalente e perigosa, procure o seu médico!
*Texto elaborado pelo Dr.Rodrigo Buksman para o site da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
Leia mais: <https://sbgg.org.br/osteoporose-a-doenca-silenciosa/ >; < https://abrasso.org.br/instituicao/>. Acesso em: Outubro/2019.

BENEFÍCIOS DA SOJA

Denize Matsue Taquista -Técnica em nutrição da Empresa Nutrico

                             CRT 116.350

Já bem famosa entre os adeptos de dietas e conhecida pelo seu papel no climatério e menopausa, a soja também ganhou o coração da terceira idade.

Com a inclusão da soja no cardápio dos idosos, há uma melhora do perfil lipídico, e a redução do Colesterol LDL (quando LDL está alto, aumenta-se o risco de doenças cardiovasculares, como angina, infarto ou AVC) isso foi constatado em vários estudos.

Ele contribui com o suprimento proteico de qualidade, crucial nesta faixa-etária, auxiliando na prevenção da sarcopenia, melhorando as funções cognitivas, diminuição de radicais livres, além da melhora no sistema imunológico.

Por ser rica em gorduras poli-insaturadas, vitaminas E e do complexo B, Betacarotenos, ácido fólico e minerais, a soja é ótima para complementar um cardápio, e pode ser consumida em combinação com diversos alimentos, como:

*Leite de soja com frutas e mel;

*Queijo de soja (TOFU) em sopas, em saladas e patês;

*Farinha de soja para bolos e pães;

*Grão que também é apreciado e muito nutritivo (EDAMAME).

É importante salientar que como a maioria dos alimentos, se consumidos excessivamente, podem acarretar algum efeito negativo na saúde, porem se incluídos em uma dieta balanceada ela é de grande valia em qualquer idade.

Oficina de Culinária

Por esse motivo em nossa aula de culinária no mês de setembro de 2018 será o Patê de Tofu com azeitonas:

Ingredientes

*150 gramas de tofu

*2 colheres de sopa de gergelim

*½ xícara de chá de azeitonas sem caroço a gosto (cuidado com a quantidade de sal)

Modo de Preparo

Bater tudo no liquidificador

FONOAUDIOLOGIA E AS DEMÊNCIAS

Caroline Marrafon- Fonoaudióloga

Demência   é   uma    doença   que   acomete   o   cérebro   e   evolui gradualmente ao longo dos anos, causando diminuição do raciocínio e memória, a tal ponto de interferir nas atividades de vida diária (ex. cuidar da casa / trabalho/ finanças, higiene pessoal, etc).

Outros sintomas comuns são problemas  de  linguagem, que resultam nas seguintes características no discurso, presentes em conjunto ou de forma isolada: falta de coerência (não   harmonia   entre  dois     fatos     ou    duas   ideias),  não contextualização, não respeito a troca de turnos dos interlocutores (um fala e outro aguarda) e  repetição do que já foi dito, etc.  Além   disso, há    alteração    progressiva    da   compreensão verbal (entender  o que    as    pessoas   estão    falando),    organização temporoespacial (não saber dia, mês, ano, horas e até mesmo onde está) e no processo da alimentação.

Em  estágios  mais  avançados  nota-se  dificuldade  coma deglutição de saliva.

Avaliação da fonoaudióloga

Destacando   os     aspectos    da   alimentação   nessa   população, a literatura descreve que 45%  dos pacientes   apresentam algum grau de dificuldade  para  engolir. Na    prática   clínica   fonoaudiológica, observa-se: progressiva dependência de cuidadores e familiares para a   oferta    dos    alimentos,   assim   como,   demora   no   preparo  e mastigação da dieta, que muitas vezes não se finaliza com deglutição (“segura ao alimento na boca”), dentre outros. Diante do exposto, o paciente  pode   apresentar   tosses,  engasgos,   pigarros  durante as refeições. Em  estágios  mais  avançados  nota-se  dificuldade  coma deglutição da saliva.

Ao observar esses sintomas, o médico deverá ser informado a fim de evitar desnutrição, desidratação e pneumonia.

O   Fonoaudiólogo   é   o   profissional   habilitado   para   avaliar   a deglutição; definir  o  diagnóstico  fonoaudiológico  da fisiopatologia da deglutição; solicitar avaliações e exames complementares quando necessário;  estabelecer   o   plano   terapêutico para tratamento das desordens   da   deglutição   e orientar e prescrever as consistências e volumes de dieta por via oral que sejam seguras aos pacientes com dificuldades.

Referências Bibliográficas

  1. Demência Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Dem%C3%AAncia>. Acesso em: 07 fev. 2018.
  2. Seçis Y; Arici S; Incesu TK; Gürgör N; Beckmann Y. Dysphagia in Alzheimer’s disease. NeurophysiolClin2016; 46(3): 171-8.
  3. Ucedo DM; Santos KP; Santana APO. A linguagem na Demência Frontotemporal: uma análise à luz da Neurolinguística Enunciativo-Discursiva. CoDAS 2017; 29(4): e20160154.
  4. Conselho Federal de Fonoaudiologia. RESOLUÇÃO CFFa nº 492de 7 de abril de 2016. Disponível em:<http://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/wp-content/uploads/2013/07/res-492-2016.pdf>. Acesso em: 07 fev. 2018.

 

Atendimento fonoaudiológico nas alterações de deglutição

Avaliação da fonoaudióloga

Avaliação da fonoaudióloga

 

Caroline Somera Marrafon

Fonoaudióloga – CRFA 2-16868

A avaliação e tratamento para as dificuldades de deglutição, denominada disfagia, é realizada por fonoaudiólogos especializados nesta área de atuação.

O objetivo principal do tratamento para disfagia é a minimização ou eliminação dos riscos de aspiração, isto é, a entrada de alimentos, secreções, líquidos ou saliva para a via pulmonar, ao invés da gastrointestinal, evitando assim as infecções respiratórias (ex. pneumonias).

A atuação fonoaudiológica envolve: orientações quanto a postura corporal, consistência dos alimentos e líquidos, adequação dos utensílios (colheres de chá e sobremesa, copo, canudo), modo de ingesta para os pacientes e de oferta para os cuidadores e/ou familiares, além do fortalecimento da musculatura envolvida na deglutição por meio de exercícios.

foto francisco

Dicas:

  1. Posicionamento: Cama – elevada de 70 a 90 graus, se possível, durante as refeições; Cadeira – posição ereta, usar travesseiros nas costas ou dos lados, se necessário;
  2. Evitar o pescoço estendido (posicionado para trás) pois facilita a ocorrência de tosse, engasgos;
  1. Em caso de tosse, engasgo nunca ofereça água e deixe-o tossir. Para sufocamento é necessário manobras de primeiros socorros que auxiliam na expulsão do alimento que entrou no canal da respiração.
  2. Se necessário auxílio para oferta da dieta, o cuidador e/ou familiar devem estar posicionados na mesma altura da pessoa a ser auxiliada;
  1. Comunicar o médico em caso de dificuldade de deglutição para que este o oriente e se necessário o encaminhe para um profissional especializado.

 

Bibliografia:

  1. Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia Gestão 2012-2013. FAQ – Respostas para perguntas frequentes na área da disfagia. Disponível em: http://www.sbfa.org.br/portal2017/themes/2017/faqs/faq_disfagia.pdf
  2. Brauer C, Frame D. Manual de Disfagia – Guia de deglutição para profissionais da saúde e famílias de pacientes disfágicos. Carapicuiba: Pró Fono, 2001.
  3. Conselho Federal de Fonoaudiologia. Resolução CFFa nº 383, de 20 de março de 2010 “Dispõe sobre as atribuições e competências relativas à especialidade em Disfagia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, e dá outras providências.” Disponível em: http://www.fonoaudiologia.org.br/legislacaoPDF/Res%20383-10%20-%20Disfagia.pdf

 

Envelhecimento e Deglutição

Atividade da fonoaudióloga

Atividade da fonoaudióloga

Caroline Somera Marrafon

CRFa 2-16868

Tossir, engasgar ou pigarrear durante refeições e ingestão dos líquidos pode ser algo sério. Deve-se tomar o cuidado de não considerar isto como parte normal do processo de envelhecimento. Sinais como estes podem ser indícios de Disfagia.

Afinal, o que é Disfagia??? Resumidamente, trata-se da dificuldade para deglutir os alimentos, ou até mesmo saliva.

A Disfagia é um sintoma comum de diversas doenças como: Acidente Vascular Encefálico – AVC (comumente chamado de “derrame”); Demências (ex. Alzheimer); Parkinson; Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), dentre outras.

Adicionalmente às doenças, a fragilidade do idoso pode acentuar o sintoma de disfagia ou até ela mesmo ser a causa. A síndrome da fragilidade pode ser caracterizada por manifestações como: perda de peso e massa muscular, diminuição da força de preensão (força da mão), fadiga, instabilidade postural e redução da ingestão de alimentos. A síndrome pode evoluir para a dependência parcial ou total do idoso nas atividades básicas da vida diária.

O fonoaudiólogo é o profissional mais indicado para ajudar no diagnóstico, prognóstico (resultado do tratamento), assim como na reabilitação, prevenindo possíveis complicações como infecções pulmonares (pneumonia), desidratação e desnutrição.

Ao notar uma possível dificuldade de deglutição o médico deverá ser informado.

 

Referências