O papel do enfermeiro no Centro-dia do Idoso

Atuação do enfermeiro no Centro-dia

Atuação do enfermeiro no Centro-dia do idoso

Leonice Martins Sapucaia

Quando falamos no atendimento ao idoso temos que ressaltar a importância de uma equipe multidisciplinar composta por diversos profissionais, em especial da área da saúde  e um dos profissionais inserido nesta equipe é o enfermeiro. De acordo com a Lei 7498/86, que regulamenta o exercício profissional, no seu artigo 11, inciso I, encontra-se como atividade privativa do enfermeiro o planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação do serviço de enfermagem. Onde houver trabalhador de enfermagem de nível médio/técnico e outros profissionais que realizam o cuidado, há necessidade de um enfermeiro, para liderar e direcionar a equipe.

A atuação do enfermeiro no Centro-dia do idoso não tem como ser algo isolado sendo de extrema importância o envolvimento de uma equipe multidisciplinar. É importante e necessário para esta atuação que ele conheça o processo de envelhecimento de modo a orientar e acompanhar a equipe multiprofissional para atender integralmente as necessidades do idoso, mantendo ao máximo sua autonomia e independência, e também capacitar os cuidadores para executar os cuidados à pessoa idosa com ética, sensibilidade e responsabilidade, cabendo ao enfermeiro realizar os cuidados de maior complexidade e que exige maior conhecimento técnico e cientifico.

Para o enfermeiro levantar as necessidades do idoso é aplicado a anamnese, através da coleta de informações tanto a partir da consulta de enfermagem como através do contato com os familiares ou responsáveis, e que ao final subsidiará a elaboração do plano de cuidado do idoso, documento que norteará o trabalho dos profissionais envolvidos no cuidado.

O enfermeiro desenvolve suas atividades junto à pessoa idosa, por meio de um processo de cuidar, que consiste olhá-la integralmente, considerando tanto suas necessidades físicas e biológicas como os aspectos biopsicossociais e espirituais. Essa concepção de cuidar prevê a interação das multidimensões do viver da pessoa idosa para promover um viver saudável e ativo, por meio da utilização das capacidades e condições de saúde do idoso, visando ao seu contínuo desenvolvimento pessoal de forma a estimular sua autonomia.

Outra ação de extrema importância a discussão de casos com os demais profissionais do Centro-dia, onde o enfermeiro participa e compartilha as informações coletadas para que ocorra uma sistematização no atendimento ao idoso.

O enfermeiro pode atuar na parte gerencial, assistencial, educativa e de ensino e pesquisa.

O trabalho do Lian Gong com idosos

 

Edmar Torres

Atividade Lian Gong

Atividade Lian Gong

A prática de Lian Gong foi criada em 1974 em Xangai, pelo médico ortopedista e traumatologista Zhuang Yuen Ming. No Brasil teve início em 1987, por meio da professora de Filosofia e de Artes Corporais Chinesas Maria Lúcia Lee. A palavra Lian Gong origina-se: “Lian” treinar e “Gong” trabalho persistente. Deste modo, Lian Gong consiste no trabalho persistente e exercitar o corpo.

Atualmente, no Brasil e no mundo, tem elevado o número de idosos, devido à redução da taxa de natalidade e da morbidez e da mortalidade.

De acordo com o Estatuto do Idoso, é dever do Estado garantir aos idosos a proteção à vida e à saúde através da realização de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade.

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Sistema Único de Saúde – SUS, aprovada pela Portaria nº 971 de 3 de maior de 2006 e, no município de São Paulo pela lei nº 14682 e 30/01/2008, considera o Lian Gong como uma das práticas integrativas da Medicina Tradicional Chinesa. Essa prática é uma ginástica terapêutica simples, de fácil aprendizado e execução por meio de movimentos lentos, contínuos, equilibrados e naturais.

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A importância da atividade física para idosos

Edna Neri Pesse – Educadora Física

 

O tempo médio de vida da população brasileira vem aumentando significativamente nos últimos anos, dentre os fatores que têm contribuído para este fenômeno estão, sem dúvida, a preocupação pelo estilo de vida e o incremento da atividade física. O envelhecimento vem acompanhado de uma série de efeitos nos diferentes sistemas do organismo que, de certa forma, diminuem a aptidão e a performance física. No entanto, muitos destes efeitos deletérios são secundários à falta de atividade física.

Por esta razão a prática do exercício físico regular torna-se fundamental nesta época da vida. Todavia, a indicação de exercício deve ser individualizada, já que as alterações morfológicas e funcionais que acontecem nesta época requerem atenção especial. As atividades físicas mais recomendadas são as atividades aeróbicas de baixo impacto (caminhar, natação, ciclismo, hidroginástica) e o pilates, que estão associadas com menor risco de lesões.

Fundamental incrementar a força muscular, já que sua perda é associada com instabilidade, quedas, incapacidade funcional e perda de massa óssea. Bem orientado, um programa de treinamento muscular adequado traz grandes benefícios para o idoso. A atividade física regular na terceira idade proporciona múltiplos efeitos benéficos a nível antropométrico, neuromuscular, metabólico e psicológico, o que além de servir na prevenção e tratamento das doenças próprias desta idade (hipertensão arterial, enfermidade coronariana, osteoporose, etc.), melhora significativamente a qualidade de vida do indivíduo e sua independência.

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Contribuições da Fonoaudiologia para o bem estar do idoso

Caroline Somera Marrafon

CRFa 16868

A Fonoaudiologia é uma ciência que se iniciou por volta dos anos 30 vinculada a problemas de aprendizagem e se expandiu ao longo dos anos em diversas áreas de atuação e públicos.

Na área de Gerontologia, especialidade que estuda o envelhecimento, o fonoaudiólogo está inserido junto a outros profissionais da saúde (atuação multidisciplinar) no cuidado ao idoso. Sua área de atuação abrange promoção da saúde, prevenção, avaliação, diagnóstico, habilitação/reabilitação dos distúrbios relacionados à audição, ao equilíbrio, à fala, à linguagem, à deglutição, à motricidade orofacial e à voz nessa população.

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Interface da Terapia Ocupacional com a Geriatria.

Amanda L. R. Moura – Terapeuta Ocupacional

Crefito: 16595

Com certeza você já deve ter se perguntado “o que é Terapia Ocupacional?”, “Como o Terapeuta Ocupacional pode ajudar os idosos?”. Primeiramente, o profissional de Terapia Ocupacional deve estar inserido na equipe multidisciplinar de reabilitação, segundo o Ministério de saúde.

A profissão de terapia ocupacional utiliza o termo ocupação para captar a dimensão e o significado da atividade do cotidiano. A terapia ocupacional compreende que o envolvimento em ocupações estrutura a vida cotidiana e contribui para a saúde e para o bem-estar. Os profissionais de terapia ocupacional acreditam que as ocupações são complexas. O envolvimento na ocupação como foco da intervenção da terapia ocupacional envolve ambos os aspectos do desempenho: subjetivos, que são os emocionais e psicológicos; e objetivos, que são fisicamente observáveis. É o que diz a Associação Americana de Terapia Ocupacional.

Terapia Ocupacional na Angels4u

Terapia Ocupacional na Angels4u

Na Geriatria, que é especialidade que atua no processo de envelhecimento, o Terapeuta Ocupacional (TO) trabalha na prevenção, manutenção e reabilitação das funções cognitivas (memória, aprendizado, atenção, etc) e físicas (coordenação motora, equilíbrio, força muscular, etc.), ou seja, o trabalho pretende manter este idoso com maior independência e autonomia na realização das atividades cotidianas, chamadas pelo TO de atividades de vida diária (AVD).

Você sabe a diferença de uma pessoa independente para uma pessoa autônoma?

Independência é o estado ou condição de realizar atividades, por exemplo, o idoso independente tem todas as condições físicas para ir ao banheiro.

Autonomia é a capacidade do indivíduo de administrar sua própria vida, por exemplo, o idoso autônomo sabe dizer quando está com fome, com sede, quando quer ir ao banheiro, etc.

O idoso pode ser independente, autônomo ou os dois. Às vezes, o idoso sabe dizer, por exemplo, quando está com sede, mas suas condições físicas não permitem que ele segure o copo e leve à boca, isso faz que ele seja autônomo. Ou então, o idoso pode não saber quando sente sede, mas quando damos o copo, ele segura e bebe agua sozinho, fazendo assim que ele seja independente. Seu familiar idoso é independente, autônomo ou os dois?

A partir desta pequena introdução, vamos entender as atividades que o TO realiza nos Centros-dia.

Nos Centros-dia, o TO trabalha com o objetivo de estimular: aspectos cognitivos, como atividades de memória, atenção/concentração, simulação e treino de atividades cotidianas simples e complexas; aspectos físicos, como atividades de destreza manual, força muscular, coordenação de movimentos, etc. As atividades realizadas devem estar relacionadas com a vida ocupacional do idoso, como cultura, religião, costumes, etc., e devem ser coerentes e bem elaboradas.

O Terapeuta Ocupacional faz uma prévia avaliação do idoso, para que utilize atividades que permitam a participação ativa de todos, apesar das dificuldades individuais e as já esperadas pelo processo de envelhecimento, possibilitando a socialização e valorizando as potencialidades do idoso.

O Terapeuta Ocupacional deve também estar atento no declínio das funções e ajustar sua intervenção de acordo com as possibilidades e necessidades atuais dos idosos.

É importante ter cuidado quanto à forma de atenção ao idoso, não devemos infantilizar nem superproteger, todos devem respeitar e lembrar que aquele idoso trás consigo uma história de vida.

O cuidar deve estar alicerçado nas necessidades do idoso. O tripé família, equipe de reabilitação e Centro-dia, devem estar em acordo e ter uma comunicação clara para que o trabalho seja eficaz, sendo imprescindível reuniões frequentes entre si.

Terapia Ocupacional na Angels4u

O envolvimento em ocupações estrutura a vida cotidiana e contribui para a saúde e para o bem-estar