Contribuições da Fonoaudiologia para o bem estar do idoso

Caroline Somera Marrafon

CRFa 16868

A Fonoaudiologia é uma ciência que se iniciou por volta dos anos 30 vinculada a problemas de aprendizagem e se expandiu ao longo dos anos em diversas áreas de atuação e públicos.

Na área de Gerontologia, especialidade que estuda o envelhecimento, o fonoaudiólogo está inserido junto a outros profissionais da saúde (atuação multidisciplinar) no cuidado ao idoso. Sua área de atuação abrange promoção da saúde, prevenção, avaliação, diagnóstico, habilitação/reabilitação dos distúrbios relacionados à audição, ao equilíbrio, à fala, à linguagem, à deglutição, à motricidade orofacial e à voz nessa população.

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Interface da Terapia Ocupacional com a Geriatria.

Amanda L. R. Moura – Terapeuta Ocupacional

Crefito: 16595

Com certeza você já deve ter se perguntado “o que é Terapia Ocupacional?”, “Como o Terapeuta Ocupacional pode ajudar os idosos?”. Primeiramente, o profissional de Terapia Ocupacional deve estar inserido na equipe multidisciplinar de reabilitação, segundo o Ministério de saúde.

A profissão de terapia ocupacional utiliza o termo ocupação para captar a dimensão e o significado da atividade do cotidiano. A terapia ocupacional compreende que o envolvimento em ocupações estrutura a vida cotidiana e contribui para a saúde e para o bem-estar. Os profissionais de terapia ocupacional acreditam que as ocupações são complexas. O envolvimento na ocupação como foco da intervenção da terapia ocupacional envolve ambos os aspectos do desempenho: subjetivos, que são os emocionais e psicológicos; e objetivos, que são fisicamente observáveis. É o que diz a Associação Americana de Terapia Ocupacional.

Terapia Ocupacional na Angels4u

Terapia Ocupacional na Angels4u

Na Geriatria, que é especialidade que atua no processo de envelhecimento, o Terapeuta Ocupacional (TO) trabalha na prevenção, manutenção e reabilitação das funções cognitivas (memória, aprendizado, atenção, etc) e físicas (coordenação motora, equilíbrio, força muscular, etc.), ou seja, o trabalho pretende manter este idoso com maior independência e autonomia na realização das atividades cotidianas, chamadas pelo TO de atividades de vida diária (AVD).

Você sabe a diferença de uma pessoa independente para uma pessoa autônoma?

Independência é o estado ou condição de realizar atividades, por exemplo, o idoso independente tem todas as condições físicas para ir ao banheiro.

Autonomia é a capacidade do indivíduo de administrar sua própria vida, por exemplo, o idoso autônomo sabe dizer quando está com fome, com sede, quando quer ir ao banheiro, etc.

O idoso pode ser independente, autônomo ou os dois. Às vezes, o idoso sabe dizer, por exemplo, quando está com sede, mas suas condições físicas não permitem que ele segure o copo e leve à boca, isso faz que ele seja autônomo. Ou então, o idoso pode não saber quando sente sede, mas quando damos o copo, ele segura e bebe agua sozinho, fazendo assim que ele seja independente. Seu familiar idoso é independente, autônomo ou os dois?

A partir desta pequena introdução, vamos entender as atividades que o TO realiza nos Centros-dia.

Nos Centros-dia, o TO trabalha com o objetivo de estimular: aspectos cognitivos, como atividades de memória, atenção/concentração, simulação e treino de atividades cotidianas simples e complexas; aspectos físicos, como atividades de destreza manual, força muscular, coordenação de movimentos, etc. As atividades realizadas devem estar relacionadas com a vida ocupacional do idoso, como cultura, religião, costumes, etc., e devem ser coerentes e bem elaboradas.

O Terapeuta Ocupacional faz uma prévia avaliação do idoso, para que utilize atividades que permitam a participação ativa de todos, apesar das dificuldades individuais e as já esperadas pelo processo de envelhecimento, possibilitando a socialização e valorizando as potencialidades do idoso.

O Terapeuta Ocupacional deve também estar atento no declínio das funções e ajustar sua intervenção de acordo com as possibilidades e necessidades atuais dos idosos.

É importante ter cuidado quanto à forma de atenção ao idoso, não devemos infantilizar nem superproteger, todos devem respeitar e lembrar que aquele idoso trás consigo uma história de vida.

O cuidar deve estar alicerçado nas necessidades do idoso. O tripé família, equipe de reabilitação e Centro-dia, devem estar em acordo e ter uma comunicação clara para que o trabalho seja eficaz, sendo imprescindível reuniões frequentes entre si.

Terapia Ocupacional na Angels4u

O envolvimento em ocupações estrutura a vida cotidiana e contribui para a saúde e para o bem-estar

O trabalho da musicoterapia no Centro-dia

Rafael Ludovico Moreira – Musicoterapeuta[1]

No Centro-dia a musicoterapia tem como objetivo estimular e desenvolver a criatividade e musicalidade no idoso; desenvolver a integração grupal; desenvolver um melhor controle respiratório e vocal; promover momentos de alegria e prazer; mostrar as diversas manifestações culturais relacionadas à música; trabalhar aspectos cognitivos (atenção, concentração, diferenciação auditiva e visual, memória recente e memória de longo prazo); e promover o conhecimento e controle corporal (orientação espacial, temporal, lateralidade, coordenação motora, postura corporal, controle vocal e controle respiratório).

De acordo com a Federação Mundial de Musicoterapia (1996) entende que:

Musicoterapia na Angels4u Musicoterapia é a utilização da música e / ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, num processo para facilitar e promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas[2].

 

Em um processo musicoterapêutico existem várias formas de abordar o idoso / paciente, primeiramente é realizado junto dele ou de seu familiar um levantamento de seu histórico de vida e de possíveis músicas ou sonoridades que fizeram parte dessa caminhada. A partir dos dados levantados acorda-se quais os objetivos centrais do atendimento para que o musicoterapeuta selecione quais as técnicas ou métodos que servirão como auxílio, complementando isso, o profissional poderá utilizar diferentes estímulos sonoros, de fontes e épocas diversas para a estimulação do idoso / paciente. Tendo como resultado significativo uma melhor qualidade de vida, melhora da parte motora e cognitiva, além de facilitar a expressão de sentimentos e reflexão sobre  sua própria vida, além de contribuir para a prevenção ou tratamento de quadros depressivos, que geralmente acometem os idosos, devido a tendência ao isolamento social[3]

Fontes:

[1]Profissional do Centro-dia Angels4U.

[2]Disponível em:  Musicoterapia: definição, benefícios, indicações e links úteis. Acesso em Junho/2016.

[3]OLIVEIRA, G.C; LOPES, V.R.S; DAMASCENO, M.J.C.F; SILVA, E.M. A contribuição da musicoterapia na saúde do idoso. Cadernos UniFOA. Ed. 20. Dezembro/2012. pp. 85-94. Disponível em:  http://web.unifoa.edu.br/cadernos/edicao/20/85-94.pdf . Acesso em: Junho/2016.