A atuação do psicólogo em Centro-dia para idosos

Atividade com a Psicóloga

Atividade com a Psicóloga

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Atividade com a Psicóloga

Priscila Leite – Psicóloga

Provavelmente você já deve conhecer algumas das diversas áreas de atuação e contextos em que o Psicologo está inserido, como hospitais, consultórios, escolas, empresas, clínicas especializadas, psicotécnicos etc. Mas você sabe o que faz um psicólogo em um Centro-dia para idosos?

 

O ingresso em um Centro-dia para idosos, ou em qualquer outro serviço de atenção ao idoso que implique em mudanças na rotina do indivíduo, traz diversas implicações de ordem subjetiva – em maior ou em menor grau – no que tange à socialização, autonomia, autoimagem, dentre outras reconfigurações da personalidade e subjetividade, que assinalam a importância de intervenções e ações bem planejadas junto a esta população.

É importante lembrar que o psicólogo é o profissional que estuda e analisa as relações interpessoais e processos intrapessoais, de forma a compreender o comportamento humano individual e de grupo. Ao aplicar os conhecimentos teóricos e técnicos da Psicologia no âmbito da velhice e do envelhecimento, o psicólogo precisa levar em conta a articulação entre a subjetividade, situações sociais, políticas,  econômicas, históricas e culturais para atuar de forma adequada.

Nesse sentido, a “Psicogerontologia”, cada vez mais, vem se consolidando como um conjunto de conhecimentos e um campo importante de atuação profissional junto à velhice. Sua configuração interdisciplinar tem como objetivo abordar os processos psíquicos do envelhecimento como construção histórica e permanente da subjetividade.

Portanto, o serviço especializado em Psicogerontologia do Centro-dia Angels4U atrela-se ao rol de trabalhos da equipe multidisciplinar que assegura qualidade de vida, cuidado humanizado e dignidade ao idoso que o frequenta.

As intervenções psicogerontológicas constituem um trabalho com oficinas (cognitivas, psicomotoras e socioterapêuticas) e atividades em grupo socioeducativo, com o objetivo de promover acolhimento, cuidados especializados, possibilitar o aflorar de reminiscências, de emoções, favorecer o sentimento de pertencimento e autoeficácia, melhorando o senso de bem-estar subjetivo e contribuindo para maior desenvolvimento cognitivo e socioafetivo dos idosos. Também são realizados grupos de escuta e orientação aos familiares em conjunto com a equipe multidisciplinar.

Há de ser visar no planejamento e desenvolvimento das atividades a capacidade funcional, cognitiva e emocional, os recursos internos, as demandas e os interesses dos idosos, valorizando suas vivências pessoais e respeitando as diferenças individuais. Por meio de medidas educativas e estratégias psicológicas, o psicólogo vai preparar o idoso para enfrentar os limites e usufruir das possibilidades da sua idade.

Referências

Atribuições Profissionais do Psicólogo no Brasil. Disponível em: <http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2008/08/atr_prof_psicologo.pdf>. Acesso em: 20 set 2016.

LOPES, R. G. C.; GOLDFARB, D. C. Prefácio. In: CORTE, B.; LOPES, R. G. C.; GOLDFARB, D. C. (Org.). Psicogerontologia: Fundamentos e Práticas. Curitiba: Juruá, 2009.

O trabalho da musicoterapia no Centro-dia

Rafael Ludovico Moreira – Musicoterapeuta[1]

No Centro-dia a musicoterapia tem como objetivo estimular e desenvolver a criatividade e musicalidade no idoso; desenvolver a integração grupal; desenvolver um melhor controle respiratório e vocal; promover momentos de alegria e prazer; mostrar as diversas manifestações culturais relacionadas à música; trabalhar aspectos cognitivos (atenção, concentração, diferenciação auditiva e visual, memória recente e memória de longo prazo); e promover o conhecimento e controle corporal (orientação espacial, temporal, lateralidade, coordenação motora, postura corporal, controle vocal e controle respiratório).

De acordo com a Federação Mundial de Musicoterapia (1996) entende que:

Musicoterapia na Angels4u Musicoterapia é a utilização da música e / ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, num processo para facilitar e promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas[2].

 

Em um processo musicoterapêutico existem várias formas de abordar o idoso / paciente, primeiramente é realizado junto dele ou de seu familiar um levantamento de seu histórico de vida e de possíveis músicas ou sonoridades que fizeram parte dessa caminhada. A partir dos dados levantados acorda-se quais os objetivos centrais do atendimento para que o musicoterapeuta selecione quais as técnicas ou métodos que servirão como auxílio, complementando isso, o profissional poderá utilizar diferentes estímulos sonoros, de fontes e épocas diversas para a estimulação do idoso / paciente. Tendo como resultado significativo uma melhor qualidade de vida, melhora da parte motora e cognitiva, além de facilitar a expressão de sentimentos e reflexão sobre  sua própria vida, além de contribuir para a prevenção ou tratamento de quadros depressivos, que geralmente acometem os idosos, devido a tendência ao isolamento social[3]

Fontes:

[1]Profissional do Centro-dia Angels4U.

[2]Disponível em:  Musicoterapia: definição, benefícios, indicações e links úteis. Acesso em Junho/2016.

[3]OLIVEIRA, G.C; LOPES, V.R.S; DAMASCENO, M.J.C.F; SILVA, E.M. A contribuição da musicoterapia na saúde do idoso. Cadernos UniFOA. Ed. 20. Dezembro/2012. pp. 85-94. Disponível em:  http://web.unifoa.edu.br/cadernos/edicao/20/85-94.pdf . Acesso em: Junho/2016.